Building Global Innovators: o concurso que promove o empreendedorismo à escala global está de regresso
Estão
lançadas as bases para a quarta edição do Building Global Innovators
(BGI), concurso organizado pelo ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa
(ISCTE-IUL) e o pelo programa MIT Portugal, com o patrocínio da Caixa
Capital. Após o sucesso das competições anteriores, o prémio financeiro
mantém-se bastante atrativo: um milhão de euros para apoiar a criação de
quatro startups de base tecnológica. O BGI Venture Competition aceita
candidaturas até 31 de maio.
Para
participar no maior concurso de empreendedorismo nacional, basta
pertencer a uma startup ou spin-out com menos de cinco anos e com um
volume de faturação inferior a 2,5 milhões de euros. O foco do negócio
terá, obrigatoriamente, que ser a “comercialização de produtos ou
serviços tecnológicos inovadores e baseados em modelos de negócio
escaláveis”, avança o Diário Económico. Dentro destas direterizes,
enquadram-se, sobretudo, grupos de investigação de instituições de
ensino superior, quer sejam públicas ou privadas, assim como empresas já
existentes no mercado. Em ambos os casos, o regulamento do concurso
determina que o trabalho deverá centrar-se no desenvolvimento de uma
única solução tecnológica inovadora.
Desta
forma, a competição está dividida em quatro categorias: tecnologias da
saúde (projetos ou empresas que atuem na área da biotecnologia,
terapêuticas, dispositivos médicos, biomateriais, instrumentos de
diagnóstico); smart cities (enfoque nas energias renováveis e na
aplicação de tecnologia amiga do ambiente para a construção de cidades
inteligentes); tecnologias da informação e da Internet (recurso a ideias
que proporcionem uma vida mais facilitada e eficiente, com o auxílio de
soluções web-based); e, por fim, produtos de consumo e serviços (empresas ou projetos que, através de aplicações hi-tech, vão dar uma resposta diferenciada ao consumidor).
Considerando
que a finalidade das soluções tecnológicas vencedoras seja a atuação em
mercados externos, o conceito do concurso prepara, agora, a sua
expansão. Brasil, Médio Oriente, China, Macau e Europa do Norte, são os
destinos eleitos para, no próximo ano, se cimentar esta rede
internacional de empreendedores. Na verdade, só na edição de 2013, 42%
dos participantes eram estrangeiros e, no total, ao longo das três
edições contabilizam-se quase três centenas de concorrentes oriundos de
27 países. Como afirma Gonçalo Amorim, diretor-executivo do programa, ao
Diário Económico, “a proposta de valor é obviamente complementaridade.
Não vamos reinventar a roda, mas aquilo que pudermos impulsionar com a
chegada a esses mercados, ótimo”.
Com
o Grande Prémio Caixa Capital no valor de um milhão de euros, a ser
distribuído pelas quatro startups finalistas, o BGI garante, ainda, mais
incentivos aos vencedores. Segundo o Semana Informática, “as equipas
beneficiam de um apoio adicional em espécie, estimado em um milhão de
euros, e que inclui mais de 1150 horas de capacitação, através de coaching e mentoring
estruturado numa base semanal”. De referir ainda que, para serem
elegíveis ao prémio financeiro, parte das operações devem realizar-se em
solo nacional.
A submissão das candidaturas pode
ser feita até ao fim deste mês. A 11 de julho são anunciados os
semi-finalistas, que vão ter que ultrapassar várias etapas, até à
finalíssima prevista para fevereiro de 2014.
O
BGI Venture Competition, conta com as parcerias do Deshpande Center for
Innovation, do The Main Trust Center for MIT Enterpreneurship e do
Grupo CGD, através da Caixa Capital. Desde a primeira edição, foram
responsáveis pelo nascimento de 130 postos de trabalho, bem como a
adjudicação de 15 milhões de euros para o desenvolvimento dos projetos.
Fontes: Diário Económico / Semana Informática
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