O Fablab Barreiro irá abrir as suas portas à inovação e a uma nova vaga de empreendedores, criativos, inventores, formadores e artesãos do século XXI, que terão acesso às modernas ferramentas de fabricação digital para testar e prototipar as suas ideias.
Impressoras 3D, máquina de corte laser, fresadora CNC ou corte vinil são alguns dos equipamentos que vão compor, por isso, este novo espaço de experimentação livre e permitir criar quase tudo – desde projectos tecnológicos à criação artística.
Prototipar um sistema de domótica, criar mobiliário ou, por que não, construir um drone são exemplos práticos de projectos que têm vindo a ser desenvolvidos nestes laboratórios de fabricação digital, espalhados pelo mundo, e que, agora, poderão ter a etiqueta “made in Barreiro”.
Localizado dentro da centenária Escola Conde de Ferreira, que agora é um Centro de Produção e Participação Artística, o novo fablab quer estimular o surgimento, na Margem Sul, de uma comunidade de makers criativos e inovadores, beneficiando, sobretudo, do ecossistema onde está inserido.
A equipa do Fablab Barreiro, composta pelos quatro jovens que fizeram nascer o projecto, Pedro Barros, Raquel Nunes, Ricardo Costa e Ivo Bravo.
Para começar, está prevista uma série de workshops, a começar já no próximo dia 27, com vista a melhorar a integração no mundo da fabricação digital, abordando um plano de formação em arduino, modelação 3D, robótica, programação para crianças ou, ainda, impressão 3D.
Mas há mais: nos planos cabe também a existência de um Colab, que será um espaço “cómodo” ao qual a comunidade em geral poderá recorrer para partilhar ideias e conhecimento, criando-se, desta forma, “um ambiente onde se respira criatividade e inovação”.
Um abanão inovador para o território
Com tudo isto, e, sobretudo, permitindo aos makers experienciar, inventar ou aperfeiçoar produtos, a equipa do Fablab Barreiro pretende “participar activamente no desenvolvimento regional, criar projectos inovadores e colaborar com a câmara municipal do Barreiro e parceiros estratégicos para dinamizar um ecossistema de inovação, impulsionando o empreendedorismo e a ligação entre o mundo maker e o empresarial de uma forma rápida e dinâmica”.
A contextualização, pelo menos, não podia ser melhor, de acordo com os ilustradores da ideia de criação deste laboratório de fabricação digital. “Se a cidade do Barreiro teve, em tempos, uma grande participação através da industrialização, agora é o momento de também fazer parte desta nova ‘revolução industrial’”, atesta a equipa do Fablab Barreiro.
O novo pólo de inovação da Margem Sul vai junta-se, assim, a outros Fablabs existentes a nível nacional, como são o caso do Fablab Lisboa, ligado ao design e indústrias criativas; o Fablab EDP, em Sacavém, com uma maior ligação às engenharias e electrónica; ou, ainda, o Fablab do ISCTE, focado na arquitectura e dirigido aos estudantes da própria universidade.
Estes laboratórios de fabricação digital, recorde-se, nasceram da necessidade de testar e materializar ideias para, porventura, levá-las, mais tarde, para incubadoras e aceleradores de negócio. Desta forma, os chamados solopreneurs (indivíduos com uma actividade económica) podem experimentar as suas soluções, podendo, depois, ganhar balanço para escalar a sua actividade económica para um negócio de maior dimensão.
http://www.fablabbarreiro.com/
source e creditos: http://smart-cities.pt/pt/noticia/9vem-ai-uma-revolucao-industrial-no-barreiro23
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