5 empresas lideram nas scale-ups portuguesas - startup ecosystem study



5 empresas lideram nas scale-ups portuguesas


A Outsystems é incluída como líder num grupo que engloba ainda Uniplaces, Veniam, Feedzai, Talkdesk, todas com financiamento acima dos 20 milhões de dólares.


Durante a Lisbon Investment Summit, a Mind the Bridge e a Beta-i revelaram o último estudo sobre a comunidade de empreendedorismo de Portugal, o “SEPMonitor Report”, elaborado no âmbito da iniciativa Startup Europe Partnership (SEP).

Uma das constatação do trabalho (disponível mediante cedência de informação) é que o grupo de empresas já com estatuto de scale-ups grandes é liderado por cinco empresas. A Outsystems destaca-se com financiamento acima dos 60 milhões de dólares.

As outras quatro com valores angariados acima dos 20 milhões: Uniplaces (28,6), Veniam (27), Feedzai (28), Talkdesk (25). O estudo refere que mais de metade (56%) do total angariado por scale-ups portuguesas pelas seis empresas melhor financiadas. Mas não é explícito sobre quais são.

A par da Farfecth, empresa já noutro patamar, o estudo coloca ainda em destaque a Unbabel (8 milhões) e a Aptoide (5 milhões). Contudo na nota introdutória ao estudo, o coordenador do mesmo, Alberto Onetti, e Pedro Falcão, da Beta-i, dizem que Outsystems, Veniam, Feedzai, Talkdesk e Aptoide são as scale-ups a manter “debaixo de olho”.

Não são claras as razões pelas quais a Unbabel é preterida em favor da Aptoide quando a primeira tem maior financiamento. Haverá outros factores, mas inquiridas pelo Computerworld, as entidades responsáveis pelo trabalho acabaram por não dar explicações.

Não obstante, o estudo avança que as seis empresas com maior financiamento suplantaram um valor total de 190 milhões de dólares.

Outros dados do estudo:
‒ Quatro das cinco empresas mais financiadas em Portugal são “empresas duais”, no sentido em que foram fundadas em Portugal e que transpuseram parcialmente a sua sede para o estrangeiro, mantendo as operações relevantes no país. Todas se mudaram-se para os EUA e excepto uma não se mudou para Silicon Valley;

‒ 80% de todas as scale-ups acompanhadas foram fundadas em 2010 (a média europeia é 65%), 46% das quais arrancaram de depois de 2013;

‒ 83% das scale-ups portuguesas completaram pelo menos um evento de financiamento após 2014 (76% é a média europeia), 61% desde 2015. Em apenas alguns anos, o ecossistema de expansão portuguesa mostrou um crescimento acentuado;

‒ Há uma prevalência (88% do total) de pequenas scale-ups (com um a 10 milhões de dólares angariados) e não há “scalers”, ou seja, empresas que arrecadaram mais de 100 milhões de dólares;
‒ 67 scale-ups obtiveram uma média de 1,6 milhões de dólares de financiamento com 67% de todas rondas lideradas por capitais de risco portuguesas. 30% envolveram investidores internacionais e os restantes 3% são relativos a participações com termos não revelados;

‒ Há três países de onde surgem mais investidores interessados nas scale-ups portuguesas: EUA (presentes em 17% das rondas), Espanha (5%) e Reino Unido (8%);

‒ Quanto ao capital investido 30% (100 milhões de dólares) do total financiado foi empregue na área de serviços empresariais, 13% no sector hoteleiro e alojamento e 12% na área de Business Analytics (12%);

‒ 70% das startups adquiridas tinham menos de cinco anos;
‒ No último ano, foram garantidos mais de 130 milhões de dólares (40% do financiamento total obtido no período 2010-2016), isto significa que Portugal está a crescer duas vezes mais rapidamente do que a média europeia.


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